Sabrina Carpenter surge sexy em igreja e padre é punido por videoclipe da cantora; entenda

Kinasta Elphine
Kinasta Elphine
4 Min Read

Com as pernas à mostra, cobertas apenas por uma transparente meia-fina, Sabrina Carpenter veste um body de tule e um véu de noiva pretos. O look fica ainda mais sexy com suas danças sensuais. Dentro de uma igreja, a cantora rebola os quadris, fica de joelhos e desliza as mãos sobre uma cruz.

As cenas estão no videoclipe “Feather”, lançado por Carpenter no fim de outubro, e causaram um alvoroço na diocese responsável pelo cenário, a Anunciação da Bem-Aventurada Virgem Maria, igreja americana localizada no Brooklyn, em Nova York.

“A paróquia não seguiu a política diocesana em relação à filmagem na propriedade da Igreja, que inclui uma revisão das cenas e do roteiro”, afirmou a diocese à Catholic News Agency, no início de novembro.

Pouco depois, Monsenhor Jamie Gigantiello, o padre responsável pelas funções administrativas da igreja onde o clipe foi gravado, foi suspenso do cargo.

Numa publicação no Facebook, o padre se justificou e lamentou o ocorrido, classificando o videoclipe como “provocativo”.

“Num esforço para fortalecer ainda mais os laços entre a paróquia e os jovens artistas criativos que compõem grande parte desta comunidade, concordei com a filmagem após uma pesquisa geral sobre os artistas não revelar nada questionável”, afirmou Gigantiello.

“A equipe da paróquia e eu não tínhamos conhecimento de que algo provocativo estava acontecendo na igreja, nem sabíamos que caixões falsos e outros itens fúnebres seriam colocados no santuário.”
A fala do padre faz referência aos objetos destacados no clipe, que incluem caixões coloridos com dizeres como “RIP Bitch” (“descanse em paz, puta”, em português) e velas acesas.

Embora tenha dito que desconhecia o teor do clipe, Gigantiello assumiu “total responsabilidade” por permitir a gravação e pediu desculpas à igreja e a seus seguidores.

Ele afirmou ainda que o dinheiro da gravação recebido pela igreja, US$ 5 mil (cerca de R$ 24,6 mil), seria doado como forma de promover o bem após aquele “evento negativo”.

Sob o véu de Sabrina Carpenter
Carpenter, que estava no Brasil semana passada para abrir o show de Taylor Swift, se pronunciou sobre o caso numa entrevista à revista americana Variety, publicada nesta terça-feira (28).

A cantora pop disse que ela e sua equipe receberam “aprovação prévia” para a gravação.

Num trocadilho debochado com seu nome, Carpenter afirmou ainda que Jesus Cristo “era um carpinteiro [‘carpenter’, em inglês]”.

Uma missa após ‘RIP Bitch’
O clipe incomodou tanto a diocese que, ainda no início de novembro, o bispo Robert J. Brennan organizou o que chamou de “missa de reparação” no local.

Nela, fiéis se reuniram para orar pela igreja, numa tentativa de limpar a energia local, que, segundo eles, havia sido prejudicada pelas cenas sexy da cantora.

Outras pistas de dança na igreja
Essa não foi a primeira vez que um videoclipe gravado numa igreja católica causou polêmica. Madonna, por exemplo, enfureceu líderes religiosos em 1989, quando lançou “Like a Prayer”, no qual dança em frente a crucifixos em chamas.

A banda feminista russa Pussy Riot, por sua vez, dançou na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, em frente a símbolos sacros como a Virgem Maria, ao som de “Punk Prayer”, em 2012. As imagens renderam tantas críticas que as artistas acabaram condenadas à prisão.

No Brasil, naquele mesmo ano, a banda Bardo e Fada também incomodava representantes católicos com seu clipe “Se eu Não Olhar pra Você”, em que duas mulheres aparecem se beijando numa igreja do Rio Grande do Sul.

Share This Article