Instagram recomenda Reels íntimos para adolescentes, diz jornal

Kinasta Elphine
Kinasta Elphine
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Testes realizados por sete meses indicam que o Instagram recomenda Reels de cunho sensual até mesmo para contas de adolescentes

Mesmo se uma conta de adolescente não procura por Reels de cunho sexual, o Instagram tem feito recomendações de conteúdo desse tipo. É o que aponta uma série de testes realizados pelo jornal The Wall Street Journal e pela professora universitária Laura Edelson, segundo reportagem publicada pelo veiculo. Durante meses de experimentos, tanto o jornal quanto a pesquisadora criaram contas no Instagram e definiram suas idades para 13 anos e, segundo o relato, não demorou para começarem a receber sugestões de Reels sensuais variados.

Vídeos cada vez mais explícitos
Segundo os testes, as contas que assistiram aos vídeos e pularam produções de outros temas, passaram a receber recomendações de Reels mais picantes com o passar do tempo.

Em outras palavras, assim que a pessoa abria o menu de vídeos criado para concorrer com o TikTok, o Instagram já apresentava vídeos de mulheres dançando enquanto imitam atos sexuais, de usuários mostrando rapidamente partes íntimas do corpo e até mesmo do ato sexual em si. Como as sugestões funcionam a base de algoritmos, é de se esperar que o conteúdo sensual apareça mais a cada uso do aplicativo.

Meta sabia da situação
Ainda conforme o The Wall Street Journal, funcionários da Meta nos Estados Unidos já tinham conhecimento desse problema, pois haviam realizado experimentos no passado com resultados parecidos. Porém, o porta-voz da companhia Andy Stone afirmou que os testes da Big Tech foram apenas artificiais.

“Este foi um experimento artificial que não corresponde à realidade de como os adolescentes usam o Instagram”, frisa Stone. “A Meta estabeleceu um esforço para reduzir ainda mais o volume de conteúdo sensível que os adolescentes podem ver no Instagram e reduziu significativamente esses números nos últimos meses”, completa. Vale lembrar que no início de 2024, Mark Zuckerberg disse que a Meta não tem que monitorar a idade dos jovens em suas plataformas.

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